quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A MATEMÁTICA DA GRAÇA.




 (Efésios 2:8-10)
 
Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus;
9 não por obras, para que ninguém se glorie.
10 Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazer boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (NVI)

Eu quero falar sobre: A nossa salvação vem inteiramente da graça de Deus.
O texto que nós lemos está nos mostrando que nós fomos salvos inteiramente como resultado da graça de Deus. Noutras palavras, não é a resposta de Deus a alguma coisa que haja em nós. A salvação não é em nenhum sentido a resposta de Deus a algo existente em nós.Para que compreendamos esta Matemática da graça, eu gostaria de apresentar-lhes algumas verdades da salvação pela graça.
I. Somos salvos unicamente por causa da graça de Deus (v.8).
Pela graça sois salvos, nos diz o verso 8. Conforme temos visto neste capítulo, criaturas que estavam espiritualmente mortas, agora estão vivas – como isso aconteceu? Pode um morto voltar a viver por si mesmo? IMPOSSÍVEL. A inevitável conclusão a que chegamos é que nós somos cristãos neste momento unicamente e inteiramente pela graça de Deus.
1. Isto não vem de vós. Não satisfeito com esta declaração, o apóstolo acrescenta uma segunda declaração.
2. É dom de Deus; para que ninguém se glorie. Meus irmãos, este sempre deve ser o nosso teste decisivo do nosso conceito de salvação. Pergunta: Como você se tornou cristão? Você se tornou cristão porque levantou a mão? Porque foi à frente da Igreja e, em alguns casos, chorando? É disso que depende a sua salvação? Não. O texto nos diz que a nossa salvação não depende, nunca dependeu do homem. Você se orgulha de si mesmo pelo fato de você ter buscado a Cristo? A sua idéia de salvação reflete de alguma forma algum mérito a seu favor?
Aplicação: Se reflete algum mérito em seu favor, segundo esta declaração bíblica não hesito em dizer-lhe que você não é cristão. Não vem de vós, é dom de Deus; para que ninguém se glorie.
II. O fato de sermos salvos por causa da graça de Deus, não nos dá base para nos gabarmos, para nos gloriarmos de nós mesmos (v. 9).
Com muita facilidade nós nos gabamos de nossa inteligência, nos gabamos de nossa força de vontade, de nossa determinação. A Palavra de Deus nos mostra no verso 9 dois aspectos dos quais somos tentados a nos gloriar:
1. Nós somos tentados as nos gloriar de nossas obras. Já ouvi de cristãos dizendo mais ou menos o seguinte: Sabe quando eu decidi parar de fumar, EU parei (batendo no peito). Quando decidi ser crente EU fui a Igreja. Domingo catei a minha bíblia , e eu fui.
Essa era a razão pela qual os fariseus eram os maiores inimigos de Jesus Cristo. Não porque eles só eram faladores, mas porque eles faziam as coisas que realmente faziam. Em Lucas 18:12, lemos: Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O fariseu ao falar estas palavras ele estava falando rigorosamente a verdade. Os fariseus não falavam apenas, faziam realmente estas coisas. Eles jejuavam sim, eles davam o dízimo sim, mas são obras e obras não salvam.
Aplicação: Meus irmãos, o evangelho faz de nós mendigos. Ele condena a cada um de nós. Não há diferença entre pessoas boas ou más, entre o judeu ou gentio – Não há um justo, nem um sequer. Deus nos faz cristãos para que pratiquemos boas obras. Não é uma questão de as boas obras levarem ao cristianismo, e sim, de o cristianismo levar às boas obras. Porque sou salvo, eu posso jejuar, eu devo ser dizimista etc. ...
2. Nós somos tentados a nos gloriar da nossa própria fé (v.8).

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé ou por meio da fé. A pergunta é a seguinte: O que não vem de vós? A fé ou a graça? Devemos entender que as expressão mediante a fé, não é o mesmo que por causa da fé. O ensino evangelístico popular hoje afirma que você tem que produzir fé suficiente em si mesmo para ser salvo. Ou seja por causa da sua fé você é salvo. E não é isso que a bíblia está dizendo neste verso, particularmente.
Afirmar que nós somos salvos por causa da fé e não por meio da fé, é transformar a fé em obras. Isso significa dizer que a nossa ação (a fé) nos salva. Se a minha fé é que me salvou, então eu mesmo me salvei; mas o texto nos diz que e isto não vem de vós, é Dom de Deus (v.8). Portanto, meus irmãos, a fé não é a causa da nossa salvação. A graça de Deus no Senhor Jesus Cristo é a causa da salvação.
3. Então qual é a função da fé para a salvação?
Exemplo: cano de água. O cano não é a água em si mesma. De igual modo, a fé é apenas um instrumento pelo qual a salvação chega até mim. A fé é o canal, é o cano, é o instrumento através do qual, a salvação, que é da graça de Deus, chega até mim. Eu sou salvo pela graça de Deus, que traz salvação para mim. Jamais devemos dizer que a nossa fé nos salva. A fé, em si mesma, não salva assim como crença não salva. Cristo salva – Cristo somente e sua obra consumada, acabada na cruz. Não a minha crença, não a minha fé, não o meu entendimento, não o meu gesto de levantar a mão e aceitar a Cristo, nada que eu faça – Não vem de vós diz o texto.
III. O fato de sermos salvos, é resultado único da obra de Deus v. 10.
Meus queridos, não é a nossa decisão, o nosso “decidir-nos por Cristo” que nos faz cristãos. É verdade que a decisão entra nisso, mas não é a nossa decisão que nos faz cristãos.
1. Nós não nos fazemos cristãos por nós mesmos. Muitas vezes fico preocupado com os nossos testemunhos sobre a salvação, quando dizemos: Eu me decidi por Cristo há 30 anos atrás e nunca me arrependi desta decisão. Na verdade a nossa linguagem deveria ser a seguinte: Há 30 anos atrás eu estava morto em ofensas e pecado, porém Deus começou a fazer algo em mim. Tomei a consciência da minha morte eterna; senti que Deus me ama; senti que Ele estava lidando comigo e Ele me vivificou. É desta maneira que Paulo quer que nós entendamos o fato de nossa salvação. Não que eu me decidi, não que eu tivesse parte ativa na entrada do cristianismo, não que eu decido seguir a Cristo. Não, absolutamente, não. É verdade que isto tem o seu papel depois da salvação.
Não é esta a nossa tendência de pensar que eu me decidi e Deus é um mero espectador? Nós nos enganamos ao pensar que é a minha atividade que importa, o que eu decido, o que eu faço. Nós somos feitura sua, diz o verso 10. Por que sou feitura dele, eu tenho a segurança da salvação.
2. Deus é o artífice.

Quando nós lemos a Bíblia de Gênesis a Apocalipse, em toda parte é Deus quem age. Ele fez o homem, Ele fez o mundo. O homem pecou – Deus foi em busca dele. Como sempre o homem procurou dizer EU ME DECIDI PARA DEUS (Gn 3:7), cobrindo a sua nudez com folhas de figueira, mas Deus disse: NÃO. Esta nudez só é coberta pelo sangue do cordeiro. Neste universo, o primeiro a derramar sangue, a Bíblia nos diz, foi Deus mesmo, quando o homem se achava em pecado: Romanos 5:8 "Mas Deus prova o seu ..." Foi Deus quem chamou Abraão, foi Deus quem chamou os profetas, foi Deus quem deu a lei ao povo, foi Deus quem, na plenitude dos tempos, enviou o Seu Filho.
Deus é o artífice, meu irmão. Deus é que está modelando a obra. Deus é o artesão.
Exemplo: massa. Vejam, aqui está um pouco de massa. O artífice, o oleiro, vem e apanha esta massa e se põe a trabalhar. Tira as arestas e as pontas; ele tem certos tornos de modelagem, e a coloca num deles. Da mesma maneira, quando nós fomos salvos, nós fomos posto neste torno. Somos feitura sua, criados em Cristo Jesus.
Conclusão:
Como Deus realiza esta obra. Qual é o meio que torna a obra de Deus aplicada e clara em nossas vidas?
1. O trabalho do Espírito Santo em nós.
2. A Palavra de Deus
3. A importância da pregação da Palavra de Deus.
Não existe a doutrina da justificação sem a santificação diária. As duas imagens congeladas, a do DUNGA de 90 e de DUNGA de 94, simbolizam para mim a diferença entre a 'não graça' e a graça. O mundo é governado pela ausência da graça. Tudo depende do que você e eu tenhamos feito. Eu tenho de fazer alguma coisa para ter prestígio.
Meu amigo, saiba que no reino de Jesus somos chamados a caminhar noutro caminho; um caminho que não depende das nossas realizações, mas, sim, da realização dele. Nós não temos de realizar nada, apenas temos que seguí-Lo. Ele já ganhou para nós a única vitória que Deus aceita.
Pr. Jorge Francisco Cacuto